No começo desta semana, abriu-se uma polêmica em parte da imprensa pernambucana a respeito de qual seria a dupla de ataque ideal do Santa Cruz. Em outras palavras, quem seria o companheiro de Dênis Marques? Houve até enquetes para saber os atacantes preferidos do torcedor coral.
A motivação para a polêmica certamente surgiu pela grande quantidade de gols desperdiçados pelo time do Santa diante do Treze. Um fato. Mas que não se deve unicamente ao desempenho individual dos homens de frente.
O questionado Fabrício Ceará, por exemplo, não teve nenhuma chance absurdamente clara de marcar e desperdiçou. Mesmo assim, a vaga do atacante foi posta em xeque. Surgiram alegações de que as suas características são semelhantes às de Dênis Marques.
Daí vem a primeira discordância. O DM9 não joga enfiado no meio da zaga adversária o tempo todo. Ele circula bem da intermediária para dentro da área, deslocasse muito mais que Fabrício, que sabe fazer o papel de pivô.
Tanto é assim que os dois gols marcados por Dênis Marques nesta Série C foram marcados em bolas onde ele buscou a bola fora da área e acertou belos chutes. Assim foi também na decisão do Pernambucano. Logo, o questionamento do estilo semelhante não casa bem com a realidade.
A segunda questão é quanto ao aproveitamento da dupla na competição. Dênis e Fabrício marcaram três dos cinco gols do Santa Cruz. Por ter sido obrigado a ficar de fora da partida contra o Salgueiro, o ex-atacante do Carcará fez um gol em duas partidas. Um desempenho que passa longe de ser considerado ruim.
Do ponto de vista técnico, os tricolores poderiam até ganhar mais qualidade com a entrada de um Paulista, jogador com mais recursos. Mas a opção de Zé Teodoro por um jogador de melhor aproveitamento nas bolas aéreas é bem coerente.
As outras opções citadas nas enquetes, Caça Rato e até Branquinho, sinceramente, estão muito abaixo de Ceará, embora ambos possam ser úteis para entrar no decorrer de uma partida.
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