Com
o risco de ser cassado na quarta-feira (11), o senador Demóstenes
Torres (sem partido-GO) disse nesta segunda-feira (9), de acordo com o
site do Estadão, que mentir no plenário do Senado não é motivo para
decretar a perda do mandato de um parlamentar.Apesar de afirmar que não mentiu quando disse que só mantinha relações de amizade com o empresário Carlos Cachoeira, Demóstenes disse que a Constituição assegura liberdade para o deputado ou senador falar o que quiser da tribuna - mesmo que não seja algo verdadeiro. "Se o parlamentar mentir, é um problema dele com sua consciência e sua audiência, não com o decoro. Aliás, nada do que o parlamentar diz da tribuna pode ser quebra de decoro", disse.
O argumento de que faltou com a verdade no plenário foi um dos utilizados pelo Conselho de Ética do Senado para pedir a cassação do seu mandato. O relator, senador Humberto Costa (PT-PE), também acusou Demóstenes de usar o mandato em nome dos interesses de Cachoeira, especialmente no lobby pela legalização dos jogos no país.
Em um ataque a Humberto Costa, disse que os adjetivos "boquirroto, gabola e mentiroso" usados pelo petista a seu respeito, no relatório final aprovado pelo conselho, são irreais. "Converso muito ao telefone, converso até demais, mas boquirroto é o que não guarda segredos e não fui eu quem violou o sigilo do inquérito resguardado judicialmente; gabola é o vaidoso e eu só me gabo de gostar de discos. Mentiroso eu não sou."
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