terça-feira, 28 de agosto de 2012

Irmão de Perillo orientou grupo de Cachoeira


Escutas da Polícia Federal mostram que o irmão do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), orientou o grupo do contraventor Carlinhos Cachoeira em como eles deveriam participar de uma licitação do Estado, orçada em cerca de R$ 21 milhões. Os áudios demonstram que, dois dias antes do início da Operação Monte Carlo – na qual Cachoeira foi preso – Antonio Perillo orientou um assessor direto do bicheiro a participar de um lote específico de uma licitação aberta pela Agência de Transporte e Obras Públicas (Agetop). O presidente da agência, Jayme Rincón, é um dos principais auxiliares do governador e também trabalha como seu porta-voz informal. Procurado, ele afirmou, em nota, que “não existe nenhum indício de direcionamento ou de benefício a quem quer que seja”. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Segundo os registros, em 27 de fevereiro, Toninho, como é conhecido, ligou para Wladimir Garcez, assessor de Cachoeira, e pediu para que o dono da Construtora Rio Tocantins, Rossine Aires, continuasse da disputa pelo “lote 29″. “Eu conversei aquele negócio do Rossine lá. (…) Fala para ele ficar tranquilo, que nós saímos do lote 29.” Quatro dias depois, a Rio Tocantins apresentou proposta na licitação da Agetop para manutenção de rodovias em todo o Estado. A proposta era voltada para um único lote de um total de 34, o 29. No entanto, após as relações entre Cachoeira e Rossine se tornarem públicas, a construtora foi desclassificada na licitação. O governador informou que o conteúdo das escutas devem ser comentados pelos envolvidos. O jornal afirmou que Toninho Perillo, Rossine Aires e Wladimir Garcez não foram localizados até o fechamento da reportagem.

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