domingo, 4 de setembro de 2011

futebol




Bahia passeia no Engenhão, e Fla completa seis jogos sem vitória

Time baiano faz 3 a 1 e se mantém fora da zona de rebaixamento. Cariocas, agora na quinta colocação, saem de campo vaiados

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
Papai gostou. Joel Santana nem foi apresentado ao Bahia, mas pôde celebrar uma importante vitória da equipe neste domingo. O Tricolor de Salvador foi ao Engenhão e usou a inteligência e a experiência de seus jogadores para aproveitar a frágil defesa do Flamengo e vencer por 3 a 1, no Engenhão, com direito a dancinha e olé. Sem triunfar há seis jogos (três derrotas e três empates) no Brasileiro, o time carioca termina a rodada em quinto lugar, com 36 pontos. Só não tem mais do que se queixar porque o líder Corinthians perdeu para o Coritiba e continua a quatro pontos de distância.
O Bahia pôs fim à série de cinco jogos sem triunfo e celebrou o gás na luta contra o rebaixamento. Pula para os 24 pontos e abre três do Z-4, na 15ª colocação. Houve uma dose extra de motivação do novo treinador. Joel acertou o contrato na noite de sábado e preocupou-se em ligar para jogadores importantes do elenco, como o atacante Souza, com quem trabalhou no próprio Flamengo em 2007 e 2008, para pedir a vitória de presente. Conseguiu. O time visitante resolveu a partida no primeiro tempo, com gols de Titi, Dodô e Souza. Renato descontou para o Flamengo.
O time rubro-negro sentiu a falta de Ronaldinho, que está em Londres com a Seleção Brasileira. Porém, os equívocos defensivos foram mais preponderantes para o revés. Dois dos três gols sofridos foram em jogadas aéreas do adversário.
Na próxima rodada o Flamengo visita o Corinthians, quinta-feira, no Pacaembu. No mesmo dia, o Bahia recebe o Grêmio, no estádio de Pituaçu.
Caos aéreo no Flamengo
Vanderlei Luxemburgo cedeu às vaias da torcida rubro-negra em jogos anteriores e tirou Welinton da escalação inicial, mas descobriu em apenas 45 minutos que ele não era o culpado de todos os males defensivos. O zagueiro cumpriu suspensão na derrota por 3 a 2 para o Avaí por causa da expulsão no clássico contra Vasco e perdeu a vaga para Gustavo. O Geladeira, como é conhecido, iniciou ao lado de Ronaldo Angelim. Na última partida, os dois foram criticados por causa da falta de velocidade para conter o ataque avaiano. Alex Silva e David Braz continuam fora por causa de problemas médicos. Luxa explicou a opção antes da partida:
- No futebol, às vezes o que é certo não é o certo. Temos que recuar um pouquinho para depois avançar. O Welinton é muito contestado, mas temos estatísticas que com ele o time tem mais segurança. Neste momento é importante dar uma segurada.
Ricardinho, Carlos Alberto, Souza e Reinaldo. O quarteto ofensivo do Bahia transpirava experiência e cadenciou o jogo nos dez minutos iniciais. Porém, sem chances de gol efetivas. O Flamengo não se organizou sem Ronaldinho. Principalmente porque os articuladores Thiago Neves e Bottinelli vacilaram em passes errados. A principal opção ofensiva era pela esquerda, com Junior César. Mas um problema recorrente custou caro aos cariocas: a falta de aptidão para marcar as bolas aéreas. Aos 22, Ricardinho bateu escanteio, Paulo Miranda ganhou na cabeça, e Tite, livre, dominou e chutou no alto para abrir o placar.
Até os 28 minutos, o Bahia havia cometido nove faltas e o Flamengo apenas uma. Em uma das muitas chances de bola parada, o Rubro-Negro empatou. Renato cobrou de longe, a bola desviou na barreira e enganou o goleiro Tiago. O empate não durou muito tempo. Souza fez bem o pivô, livrou-se de Gustavo e rolou para o lateral-esquerdo Dodô ganhar de Willians na corrida e bater por baixo de Felipe.
A dupla Deivid e Jael, lenta e sem mobilidade, pouco incomodou a zaga baiana. O ponto fraco do Flamengo ficou exposto novamente aos 45. Após falta lateral, Dodô levantou, Felipe fez linda defesa em desvio de Carlos Alberto, e Jael tentou afastar. Mas Souza, de peixinho, empurrou para o gol. A torcida rubro-negra vaiou a saída de campo e pediu raça. Em vão.
jogadores bahia gol flamengo (Foto: Celso Pupo / Agência Estado)Jogadores do Bahia comemoram gol no Engenhão (Foto: Celso Pupo / Agência Estado)
Torcidas gritam "olé" para toque de bola do Bahia
A desorganização do Fla continuou, e o Bahia prosseguiu perigoso na segunda etapa. A fórmula dos veteranos funcionou para prender a bola no ataque e teve a boa colaboração da velocidade de Reinaldo e depois Jones para, em todos os momentos, incomodar. O Flamengo quase diminuiu em uma bola levantada por Thiago Neves e cabeceada por Renato. Tiago espalmou. O goleiro do Bahia também salvou dessa forma um chute forte de Junior César.

Luxemburgo fez uma substituição tripla aos 11 minutos e trocou Léo Moura, Bottinelli e Deivid por Fierro, Diego Maurício e Negueba. Foi algo pior do que o famoso "seis por meia dúzia". Em menos de dez minutos em campo, Negueba e Fierro ouviram vaias por causa dos erros em jogadas triviais. O chileno também levou uma caneta desmoralizante de Jones.
O Bahia postou-se atrás e não teve dificuldade para bloquear a insistência do Flamengo em infrutíferos cruzamentos para o solitário e estabanado Jael. Sem ter o que comemorar no Engenhão, a torcida rubro-negra arrumou um jeito de vibrar e comemorou os gols sofridos por Corinthians e Vasco contra Coritiba e América-MG, respectivamente. Enquanto as duas torcidas gritavam “olé" a cada toque de bola do Bahia, Junior deu um chapéu em Gustavo e só não marcou um golaço porque Felipe fez ótima defesa. A partida terminou com vaias dos rubro-negros e festa da minoria baiana. Ah, e um sorriso de canto de rosto do Papai Joel.

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