terça-feira, 6 de dezembro de 2011

No Recife, Delúbio Soares dá sua versão do Mensalão


Acusado de ser um dos mentores do escândalo do Mensalão, o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, veio ao Recife dar a sua versão do episódio que quase derrubou o ex-presidente Lula, em 2005. Delúbio responde pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa, mas garante que boa parte do que se diz a seu respeito não passa de "boato".
Segundo Delúbio, que baseia sua defesa numa tentativa de redução de danos, as irregularidades ocorridas na oportunidade são de alçada eleitoral, e não criminal como sustenta a acusação.
"Terminadas as eleições de 2002, sobraram dívidas nos Estados. Tinha muita gente apoiando Lula e isso trouxe dívidas. Tinha uma figura no Diretório Nacional que precisava encontrar uma solução. E essa pessoa, lamentavelmente,  era eu. Eu encontrei uma solução. Pode não ter sido a melhor mas foi o que sanou os problemas imediatos que tínhamos. Nós pegamos um montante de R$ 55 milhões emprestados com o Banco Rural e BMG e repassamos esses recursos para os partidos aliados para quitarem suas dívidas. Foi isso que aconteceu. Isso está provado e não é um crime, não cabe um processo criminal. As acusações devem ser qualificadas no código eleitoral", explicou o petista, que emendou :"O que eu podia fazer eu fiz, contei tudo o que eu sabia. O que eu não sabia eu não falei, não inventei nada para ninguém. Tudo o que eu falei é verdade."

Ainda tentando esclarecer os fatos, Delúbio, que pelas suas contas esteve 66 vezes na Polícia Federal se explicando, fez questão de ressaltar que não houve em momento algum dinheiro público envolvido nos fatos por ele narrados.
"É fundamental que se entenda isso: eles (a acusação) não conseguiram provar um centavo de dinheiro público envolvido. Tanto é que o Tribunal rejeitou a acusação de peculato. Manteve quadrilha e corrupção ativa".
Delúbio falou da imprensa e de sua decisão de sair pelo Brasil fazendo sua defesa:
"Desde que aconteceu a entrevista do Roberto Jefferson, eu decidi responder somente o que me era perguntado oficialmente. Não dei entrevistas e ainda não estou dando entrevistas. Nesse período fui convocado para me apresentar em CPIs, em interrogatórios na Polícia Federal, fui várias vezes ao Ministério Público prestar esclarecimentos. Em todas essas oportunidades, alguém passava para a imprensa de maneira distorcida aquilo que eu respondia e dizia. Às vezes essas pessoas não entendiam e, sem querer, distorciam os fatos, muitas vezes os jornalistas recebiam e transmitiam as notícias distorcidas. Por isso, muitos militantes chegaram a ter dúvidas. Agora que o processo está encerrado, resolvi tirar essas dúvidas."
Postado por pleito 2012 fonte Helder Lopes

Nenhum comentário:

Postar um comentário