“Seja eleito em 2012: contrate agora consultoria para o seu Twitter
por 3 meses e fique entre os 200 primeiros mais seguidos do Brasil.” A
propaganda, veiculada numa conta do microblog, tem destino certo:
candidatos que disputarão as eleições municipais este ano.
Ser um dos políticos mais seguidos do País, porém, requer colocar a
mão no bolso. Comprar um perfil com 300 mil seguidores custa R$ 6 mil.
Se o candidato estiver interessado na consultoria, paga R$ 7 mil mais
três parcelas de R$ 1 mil.
Diante das evidências, o Ministério Público Eleitoral de Minas
começou a investigar se algum candidato adquiriu o serviço. O promotor
eleitoral Edson Rezende alerta: a compra de perfil é ato ilícito,
podendo levar à rejeição das contas pela Justiça e até mesmo à cassação
da candidatura.
O especialista em marketing digital Gabriel Rossi classifica como
“ridícula” tal comercialização. Para ele, quem compra e vende
“seguidores” dá sinais de que não entende como a rede funciona. “O que
adianta ter um milhão de seguidores, se a maioria nem pode votar, ou
nem mora no Brasil? O cara vai ficar twittando para surdos.”
Além disso, Rossi destaca que “relevância” não pode ser comprada e
que, ao abrir uma conta no Twitter, o político deve ter um processo
contínuo de relacionamento com o internauta. “Esse tipo de prática
mostra bem como o mercado político na internet hoje ainda engatinha.”
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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