A pesquisa Folha/TV Globo/ Ibope também investigou quais são os principais
problemas enfrentados pela população recifense. Instados a citar as três áreas
mais problemáticas da Cidade, os entrevistados apontaram a saúde, segurança
pública e educação como as mais complicadas. Do total, 66% colocaram a saúde
como uma das principais dificuldades; 39% mencionaram a segurança pública; e 35%
a educação – é importante salientar que os índices dizem respeito à soma das
três áreas mencionadas pelos entrevistados, por isso, nessa parte da pesquisa,
as porcentagens somadas resultam em mais de 100%.
Também ganharam destaque problemas como a ausência ou falta de manutenção na
rede de esgotos, pontuada por 21% dos participantes, trânsito (19%), transporte
coletivo (17%), calçamentos de ruas e avenidas (17%), limpeza pública (15%),
geração de emprego e corrupção (ambas com 11%). Quando solicitados a eleger
apenas uma área mais deficiente, a saúde foi eleita, novamente, como o setor
mais problemático – na opinião de 37% dos entrevistados. O segundo lugar também
ficou com a segurança pública (11%), sendo seguido pela ausência ou falta de
manutenção no esgotamento sanitário (8%).
O número de pessoas que elegeram a saúde como um dos três maiores problemas
aumentou de acordo com o gênero, a faixa etária e renda familiar. Do total de
mulheres questionadas, 69% colocaram a saúde como um dos três grandes problemas
do Recife, contra 61% dos homens. Quando instadas a eleger apenas um principal
problema, 41% também elegeu a saúde (contra 32% dos homens), 11% segurança
pública e 7% rede de esgoto – 11% do público masculino elegeu como prioritário
os dois últimos setores.
Os mais maduros e os menos abastados parecem sofrer mais com as dificuldades
enfrentadas na área da saúde. Isso porque 71% dos entrevistados, entre 40 a 49
anos, e 72% dos que possuem renda familiar mensal de até um salário mínimo
disseram que o setor está entre os três mais deficitários. No quesito segurança
pública, os índices cresceram de acordo com a faixa etária, escolaridade e renda
familiar: 42% dos entrevistados, entre 40 e 49 anos, 44% dos que possuem ensino
superior e, curiosamente, 42% com renda familiar mensal de até um salário
mínimo, assim como, os que ganham de 2 a 5 salários, acreditam que o setor está
entre os três mais problemáticos. Sobre a educação, 45% dos que têm entre 25 e
29 anos, 41% dos que possuem ensino superior e 38% dos que têm renda mensal
familiar de mais de um a dois salários, assim como, os 38% que recebem de dois a
cinco salários afirmaram que a educação está entre os três principais problemas
da gestão.
Sobre o esgotamento sanitário, os dados podem indicar que diferentes camadas
sociais sofrem do mesmo problema, já que 22% dos que concluíram até a oitava
série elegeram a dificuldade como uma das três mais graves. Em contrapartida,
24% dos que possuem renda familiar mensal de dois a cinco salários mínimos,
também o apontaram como um dos principais problemas.

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