sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Prefeito procura Lula, mas não diz se apoia Humberto

Desde que retornou de Londres, na Inglaterra, no último domingo (5), o prefeito João da Costa (PT) contatou o coordenador da Comissão de Ética do PT, Francisco Rocha da Silva, o Rochinha, no intuito de programar uma conversa com o ex-presidente Lula (PT). Apesar da procura, Rochinha revelou que o gestor recifense não se mostrou disposto em subir no palanque do prefeiturável Humberto Costa (PT). Nos bastidores comenta-se que um dos empecilhos seria a presença do ex-prefeito João Paulo – atual desafeto de Costa – na vice. Outro impedimento é a falta de gestos do grupo de Humberto ao chefe do Executivo municipal.
O ex-presidente Lula já avisou que só dialogará com o prefeito João da Costa caso o petista demonstre vontade em subir o palanque de Humberto. De acordo com Rochinha, assessores do gestor fizeram dois contatos. Nas conversas, os petistas buscaram reforçar o interesse do gestor em dialogar com ex-presidente Lula, mas não houve garantia de que Costa participará, efetivamente, da campanha de Humberto.
“O presidente Lula me deu a missão e disse para continuar tentando agendar a conversar com o prefeito João da Costa. Assessores dele já me ligaram essa semana, mas não me deram garantias de que o prefeito vai entrar na campanha de Humberto. Só posso chegar ao presidente Lula se eu tiver garantias de que ele (João da Costa) vai entrar na campanha”, disse Rochinha, em conversa com o Blog. “Só espero que ele não me dê retorno só um dia antes da eleição”, ironizou o coordenador. O petista salientou que pessoas do grupo político do gestor recifense já integraram a campanha de Humberto, citando os vereadores Osmar Ricardo, Jairo Britto e Jorge Perez.
Rochinha classificou como erro a possibilidade de o prefeito preferir a neutralidade. Segundo o coordenador da Comissão de Ética, a decisão poderia ajudar a candidatura do socialista Geraldo Julio. “Acho um erro ele decidir ficar neutro. Ele vai ficar neutro para o lado de quem? Se ele adotar essa postura vai passar a impressão de que estará ajudando o outro lado. Agora, o pessoal passou a eleição inteira falando que a gestão dele não deu certo. O mínimo que ele poderia fazer era vir para o nosso lado e defender seu governo. No momento que ele se dispõe em vir para cá, ele terá abertura para fazer isso”, afirmou.

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