Desde que retornou de Londres, na Inglaterra, no último domingo (5),
o prefeito João da Costa (PT) contatou o coordenador da Comissão de
Ética do PT, Francisco Rocha da Silva, o Rochinha, no intuito de
programar uma conversa com o ex-presidente Lula (PT). Apesar da
procura, Rochinha revelou que o gestor recifense não se mostrou
disposto em subir no palanque do prefeiturável Humberto Costa (PT). Nos
bastidores comenta-se que um dos empecilhos seria a presença do
ex-prefeito João Paulo – atual desafeto de Costa – na vice. Outro
impedimento é a falta de gestos do grupo de Humberto ao chefe do
Executivo municipal.
O ex-presidente Lula já avisou que só dialogará com o prefeito João
da Costa caso o petista demonstre vontade em subir o palanque de
Humberto. De acordo com Rochinha, assessores do gestor fizeram dois
contatos. Nas conversas, os petistas buscaram reforçar o interesse do
gestor em dialogar com ex-presidente Lula, mas não houve garantia de
que Costa participará, efetivamente, da campanha de Humberto.
“O presidente Lula me deu a missão e disse para continuar tentando
agendar a conversar com o prefeito João da Costa. Assessores dele já me
ligaram essa semana, mas não me deram garantias de que o prefeito vai
entrar na campanha de Humberto. Só posso chegar ao presidente Lula se
eu tiver garantias de que ele (João da Costa) vai entrar na campanha”,
disse Rochinha, em conversa com o Blog. “Só espero
que ele não me dê retorno só um dia antes da eleição”, ironizou o
coordenador. O petista salientou que pessoas do grupo político do
gestor recifense já integraram a campanha de Humberto, citando os
vereadores Osmar Ricardo, Jairo Britto e Jorge Perez.
Rochinha classificou como erro a possibilidade de o prefeito
preferir a neutralidade. Segundo o coordenador da Comissão de Ética, a
decisão poderia ajudar a candidatura do socialista Geraldo Julio. “Acho
um erro ele decidir ficar neutro. Ele vai ficar neutro para o lado de
quem? Se ele adotar essa postura vai passar a impressão de que estará
ajudando o outro lado. Agora, o pessoal passou a eleição inteira
falando que a gestão dele não deu certo. O mínimo que ele poderia fazer
era vir para o nosso lado e defender seu governo. No momento que ele se
dispõe em vir para cá, ele terá abertura para fazer isso”, afirmou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário