terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Cerimônia fúnebre e sepultamento de bispo e esposa acontecem amanhã


 
Cerimônia fúnebre e sepultamento de bispo e esposa acontecem amanhã. Imagem: Helder Tavares/DP/D.A Press/Arquivo
                                         
                                             Imagem: Helder Tavares/DP/D.A Press/Arquivo
Está marcado para amanhã, às 14h, na Paróquia Anglicana Emanuel, no Farol, em Olinda. a celebração fúnebre do bispo e líder nacional da Igreja Anglicana Edward Robinson de Barros Cavalcanti, 67, e da esposa dele, a professora aposentada Mirian Nunes Machado Cotias Cavalcanti, 64. No mesmo dia, às 16h30, os corpos serão sepultados no Cemitério Morada da Paz, no Paulista.
De acordo com a polícia, o casal foi assassinado pelo filho Eduardo Olímpio Cotias Cavalcanti, de 29 anos, num crime premeditado. Segundo relatos de vizinhos, desde a última sexta-feira Eduardo vinha dizendo que estava revoltado por ter sido “abandonado” pelos pais durante 13 anos nos Estados Unidos. Teria afirmado, inclusive, que iria matar muita gente. Na tarde do último domingo, horas antes de matar a família, ele foi visto na frente de casa amolando uma faca. A mesma que foi usada contra os pais. À noite, quando voltou da igreja com os pais e a tia, ele teria trancado todas as portas e escondido as chaves do carro. Consumiu cocaína excessivamente, segundo informação do Hospital da Restauração à polícia. Depois de uma discussão, por causa de dinheiro, esfaqueou os pais. Em seguida, tentou suicídio golpeando o tórax.

Aos 16 anos, Eduardo foi enviado para a casa de uma tia nos Estados Unidos. “Foi a forma encontrada pelo pai, já que ele queria abandonar os estudos”, contou o tio Roberto Nunes, 71. Lá, a situação do jovem só piorou. Deixou a casa da tia, abandonou os estudos e sucumbiu às drogas. Em 13 anos, engravidou ao menos três mulheres. Envolveu-se em crimes. No início do mês, depois de apelar ao pai, voltou para o Brasil. Passou o carnaval numa praia de Alagoas. Na última quinta, voltou para casa, em Jardim Fragoso, Olinda. Durante os três dias que se passaram até a tragédia, permaneceu falando pouco, mas com aparência  agressiva. “Ele era revoltado porque não queria voltar para os EUA. Dizia que lá tinha sido uma prisão de 13 anos e que iria matar muita gente”, contou uma vizinha que preferiu não se identificar. No domingo pela manhã, acordou tarde. Tomou cerveja e conversou com vizinhos. “Depois nós o vimos amolando a faca. Perguntamos o porquê de ele estar fazendo aquilo, mas ele não respondeu”, contou a dona de casa Lenira da Silva, vizinha do casal. O jovem voltou à casa e dormiu. No fim da tarde, saiu com os pais e a tia para a igreja. Ao voltar, praticou o crime. De acordo com a polícia, após suposta discussão por dinheiro, ele atingiu a mãe com um golpe de faca no peito esquerdo, na sala da casa. No 1º andar esfaqueou três vezes o pai, que morreu na hora. Os gritos chamaram a atenção dos vizinhos, que tentaram invadir a casa. Como não conseguiram, chamaram a polícia. Quando a PM chegou ao local, precisou arrombar as portas. A mulher foi socorrida pelo Samu e encaminhada ao Hospital Tricentenário, mas deu entrada na emergência sem vida.

Segundo o delegado Josedite Ferreira, plantonista do DHPP, o jovem foi encontrado se mutilando com a mesma faca que golpeou os pais. “Ele fez vários ferimentos com a ponta da faca. Também encontramos uma quantidade de pó branco”, disse. O pó e a faca passam por perícia no Instituto de Criminalística. O suspeito está internado na unidade de trauma do Hospital da Restauração, respirando com a ajuda de aparelhos. Seu estado de saúde é grave, porém estável. O delegado José do Prado, do DHPP, assumiu as investigações. “O depoimento dele será fundamental para esclarecer as dúvidas quanto ao crime. O hospital já informou que ele chegou à emergência em estado de overdose por cocaína”, pontuou. Ontem, já foram ouvidas pelo menos três testemunhas.
Com informações do Diario de Pernambuco

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