domingo, 26 de fevereiro de 2012

São Paulo x Palmeiras – O Choque Rei!

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Clasico quem leva a melhor nessa tarde de domingo 26/02/12

Choque Rei: A origem do nome

Thomaz Mazzoni
Thomaz Mazzoni - Foto: Almanaque de Cultura Popular
Thomaz Mazzoni foi um importante jornalista do extinto jornal A Gazeta Esportiva. Além das matérias clássicas do diário, ele ficou conhecido também por apelidar os principais clássico de São Paulo.
Criou termos que sobrevivem até hoje, como os apelidos que deu aos principais clubes paulistas (Clube da Fé, ao São Paulo, Timão e Mosqueteiro, ao Corinthians, Campeoníssimo, ao Palmeiras, Moleque Travesso, ao Juventus, e Nhô Quim, ao XV de Piracicaba, entre outros).
Foi ele que criou o nome dos grandes clássicos paulistas: “SanSão” para o São Paulo x Santos, o Corinthians x São Paulo de “Majestoso”.
A “majestade” do clássico entre São Paulo x Palmeiras valeu o apelido de “Choque-Rei”. O Choque Rei levou por quatro vezes públicos maiores do que 100 mil pessoas no Estádio do Morumbi.

Rivalidade histórica

Arlindo (SPFC) marcando Leivinha (Palmeiras), anos 70
Arlindo (SPFC) marcando Leivinha (Palmeiras), anos 70
O São Paulo se originou da fusão de 2 clubes paulistanos em 1930. O Palmeiras, originalmente chamado de Palestra Itália, foi fundado por representantes da colônia italiana de São Paulo em 1914.
O primeiro jogo entre o recém surgido São Paulo e o já grande Palestra Itália, ocorreu em 30 de março de 1930, válido pelo Paulistão daquele ano. Jogando na Chácara da Floresta, o jogo terminou 2×2, gols sãopaulinos de Friedenreich e Zanuella. No ano do seu primeiro título, o Paulistão de 1931, o tricolor teve no Verdão, que terminou vice, seu grande adversário ao título. No turno, uma vitória palestrina por 3×2 em 1 de maio , e, no returno, uma goleada sãopaulina por 4×0.
Choque-Rei, mais do que uma rivalidade, é história.
Palinha divide a bola nos anos 90. Choque-Rei, mais do que uma rivalidade, é história.
A rivalidade entre Palmeiras e São Paulo também atingiu contornos de inimizade durante a Segunda Guerra Mundial, quando o então Palestra Itália foi obrigado a mudar de nome para Palmeiras, já que o Brasil, governado pelo então presidente Getúlio Vargas, declarou guerra aos países do “Eixo” (Alemanha, Itália e Japão) e se alinhou aos países “Aliados”, (EUA, URSS, Grã-Bretanha, França, e outros países).
Informações da época são de que dirigentes do São Paulo estavam entre os que mais pressionaram as autoridades para que o rival mudasse de nome, respeitando a legislação nacionalista vigente na época.
O São Paulo já derrotou o Verdão em 4 decisões diretas, quais sejam: os Paulistões de 1943, 1946, 1971 e 1992, sendo apenas a última no sistema de mata-mata. O Palmeiras já ganhou 5 decisões de campeonato diretas contra o São Paulo: Os Paulistões de 1933, 1942, 1950 e 1972, todos torneios em pontos corridos, e o Brasileirão de 1973, definido num quadrangular final. No total, São Paulo e Palmeiras já se enfrentaram em 12 mata-matas, sendo 10 vencidos pelo Tricolor e apenas 2 pelo Alviverde.

Maiores Goleadas

Equipe vencedora Placar Data Local Campeonato/Torneio
São Paulo 6×0 26 de março de 1939 Estádio da Rua da Moóca Campeonato Paulista
São Paulo 5×0 10 de novembro de 1956 Estádio do Pacaembu Campeonato Paulista
Palmeiras 5×0 19 de maio de 1965 Estádio do Pacaembu Torneio Rio-São Paulo
São Paulo 6×2 4 de outubro de 1981 Estádio do Morumbi Campeonato Paulista
São Paulo 5×1 24 de julho de 1949 Estádio do Pacaembu Campeonato Paulista
São Paulo 5×1 27 de julho de 1986 Estádio do Pacaembu Campeonato Paulista
São Paulo 5×1 9 de maio de 1999 Estádio do Morumbi Campeonato Paulista

Ceni x Marcos – Ídolos no gol

Duelos como Marcos x Rogério Ceni (que tem no Palmeiras seu prato-principal na arte de fazer gols) são daqueles que quase dispensam comentários.
Donos de currículos respeitáveis, não só pela longevidade em seus clubes, como também pela quantidade de títulos de expressão conquistados ao longo de suas carreiras.
Ceni é um líder nato e grande ídolo tricolor. Apesar de ser goleiro, já marcou 89 gols na carreira, um recorde mundial. Conquistou todos os títulos possíveis pelo São Paulo, inclusive o inédito tricampeonato brasileiro, a Libertadores e o Mundial da Fifa (e sem falhar na final). Fez defesas históricas em finais de torneios importantes, mostrando que não é inconstante nas horas decisivas.
Marcos foi o único goleiro da história a ser eleito o melhor jogador de uma edição da Taça Libertadores da América, ganhou a Copa do Mundo de 2002. Seu reserva era Rogério Ceni. Mesmo tendo propostas do exterior preferiu ficar no Palmeiras por toda a carreira, permanecendo no clube inclusive após o rebaixamento para a Série B mostrando amor ao clube.

Cicinho – o gol mais bonito e importante da carreira, sobre o Palmeiras

A noite de 18 de maio de 2005 ficou marcada na carreira de Cicinho. No dia, o lateral carregou a bola pela direita do gramado do Palestra Itália, se livrou da marcação e soltou um forte chute de perna esquerda para marcar um golaço, definindo a vitória por 1 a 0 do São Paulo contra o Palmeiras. O lance não foi esquecido pela torcida tricolor, e o próprio atleta reconhece ter sido o lance mais relevante de sua trajetória no futebol.
“Foi meu gol mais importante e também o mais bonito. E lembro que foi muito difícil para o São Paulo conseguir aquela vitória fora de casa. As duas equipes fizeram excelente partida, mas não saíram mais gols. O resultado deu um ânimo maior para o segundo jogo e também para chegarmos à final da Libertadores”,

São Paulo: 16 meses sem sofrer gols do rival Palmeiras

Há mais de um ano o clube vizinho não balança as redes do Tricolor. O último gol alviverde foi marcado pelo lateral-esquerdo Leandro, hoje no Atlético-MG, no dia 19 de outubro de 2008, durante o empate por 2 a 2 no Palestra Itália.
Naquela partida, o São Paulo vencia por 2 a 0, mas sofreu o empate na cobrança de falta de Leandro. O resultado foi muito lamentado pelos jogadores, que viam escapar a chance de alcançar o rival na tabela do Campeonato Brasileiro. No entanto, a equipe conseguiu uma sequência de vitórias, assumiu a liderança e festejou mais um titulo.
No ano passado, foram disputados três Choque-Rei e a defesa do São Paulo não foi vazada. Nos dois jogos do Morumbi, Rogério Ceni teve boa atuação e segurou o placar.

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