domingo, 15 de julho de 2012

Onde tem um escândalo tem uma empreiteira


DO BLOG DE CHRISTINA LEMOS
Praticamente cada escândalo, CPI, ou cassação de mandato em Brasília tem como fato inicial as relações de governantes e parlamentares com uma grande empreiteira. Os nomes se alternam nas comissões de inquérito, combinados com milhões em verbas para obras públicas ou programas de governo.
No escândalo do momento, a empreiteira no olho do furacão é a Delta. Considerada campeã em contratações de obras do PAC e de governos estaduais, a Delta caiu em desgraça após as revelações da Operação Monte Carlo, cujos grampos arrastaram para a cassação um dos principais nomes da oposição, Demóstenes Torres.
No processo de cassação imediatamente anterior, o de Renan Calheiros, em 2007, a empreiteira da vez era a Mendes Júnior. O então presidente do senado passou longos oito meses na berlinda e escapou de perder o mandato por apenas um voto, sob a acusação de aceitar que a empresa pagasse a pensão de sua amante, Mônica Veloso, com quem Calheiros tem uma filha.
Em 2000, o escândalo de desvio de verbas que encerrou a carreira política de Luís Estevão, do PMDB do Distrito Federal, também envolveu outra empreiteira – no caso, de propriedade do próprio Estevão. O Grupo OK esteve por trás de um esquema de corrupção que envolveu desvios de R$ 169 milhões, dinheiro administrado pelo juiz Nicolau dos Santos Neto, presidente e responsável pela obra do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário