O promotor de Justiça Eleitoral de Abreu e Lima, Roberto Brayner, entrou, na quinta-feira (11), com pedido de cassação do registro de candidaturas e dos diplomas de Marcos José da Silva (PT), Josias Pereira de Azevedo (PMDB) e Elivaldo de França Oliveira (DEM), eleitos, respectivamente, para os cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador do município. Eles são acusados de supotas compra de votos no município. O atual gestor, Flávio Gadelha (PTB), também é réu na ação, respondendo pela acusação de captação ilícita de sufrágio e de conduta vendada a agentes públicos em período eleitoral. Os três candidatos foram apoiados pelo petebista, que teria usado a máquina para favorecê-los, de acordo com o MPPE.
Na sexta-feira (5) – dois dias antes da eleição – o promotor flagrou a distribuição de telhas e vigas de madeira para telhado aos eleitores no bairro do Fosfato, uma das comunidades mais carentes de Abreu e Lima. O material foi adquirido pela prefeitura e prometido aos moradores pelo vereador reeleito Elivaldo de França, mais conhecido como Marinheiro.
O promotor também constatou que cópias dos títulos eleitorais dos beneficiários estavam anexadas nas respectivas fichas de cadastro. Durante a diligência, foi encontrado material de propaganda eleitoral dos candidatos dentro de uma kombi da Secretaria de Ação Social do município, que fazia a distribuição de cestas básicas no Bairro do Fosfato.
Além disso, Brayner também denunciou o uso da máquina na confecção de um vídeo, que contou com a ativa participação do prefeito, em que os órgãos e serviços públicos são usados como cenário na peça de propaganda eleitoral. A ação tramita na Justiça Eleitoral em Abreu e Lima e se for julgada procedente, os três candidatos podem nem assumir os cargos e o prefeito também pode ter seus direitos políticos suspensos por até oito anos.
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