terça-feira, 27 de novembro de 2012

PT se une à oposição contra PSB no Recife


O fato é que os petistas não deram sinais sobre permanência do partido na Frente Popular, encabeçada pelo PSB do prefeito eleito, Geraldo Júlio, quase dois meses depois das eleições. Mesmo após o presidente estadual do PT, Pedro Eugênio, dizer que não há rompimento em nível estadual, no campo municipal a relação entre ambos os partidos não é estável como o próprio dirigente já reconheceu.
Além disso, o atual gestor da capital pernambucana, João da Costa (PT), volta a defender a aliança, pois não sente mágoas dos socialistas, já que a instância nacional do Partido dos Trabalhadores tirou do prefeito o direito dele se reeleger. No primeiro semestre, cancelou-se a primeira prévia, sob o argumento de que o clima interno estava prejudicando a imagem do partido. Por isso, Humberto Costa foi o candidato. De todo modo, a voz do chefe do Executivo municipal soa quase que de forma solitária no momento.
Diante da instável relação entre PT e PSB, os embates começam a aparecer. Na Câmara Municipal, os parlamentares Carlos Gueiros (PTB) e Marília Arraes (PSB), por exemplo, estão à frente das discussões sobre o PCCDV na bancada governista e dizem que o projeto é inconstitucional. Conforme o site da Casa, a socialista, que também é presidente da Comissão de Legislação, afirma que o relatório das consequências financeiras do plano não foi enviada pelo atual prefeito.
Por outro lado, a vereadora e líder da oposição na Câmara, Priscila Krause (DEM), diz que a matéria não tem segurança jurídica. “Não podemos fazer de conta que o projeto não existe. Precisamos saber se é compromisso dessa gestão ou se não vamos aprovar porque o próximo prefeito não quer”, declarou.
Os petistas já disseram que, se não apoiarem o PSB no Recife, adotarão a independência, como querem os líderes das correntes Construindo Um Novo Brasil (CNB) e Articulação de Esquerda (AE), o senador Humberto Costa e o vice dele no pleito deste ano, João Paulo, respectivamente. No entanto, esta divergência na Câmara aponta para um estreitamento com a oposição. Resta saber se esta forma de proceder do PT será frequente em outros projetos e se o partido fará jus a uma legenda independente.

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