terça-feira, 20 de novembro de 2012

Supremo fará história, nesta quinta, com o primeiro negro a comandar a mais alta corte do país.


Ao assumir a cadeira de presidente, o ministro Joaquim Barbosa reafirmará sua condição de celebridade da vez – resultado da sua performance como relator do processo do mensalão.
Será o 44º presidente do Supremo e o primeiro negro a comandar a mais alta corte do país.
Marcada para esta quinta-feira, a cerimônia vai reunir personalidades de fora do circuito jurídico e político em Brasília.
A lista de convidados inclui famosos como a apresentadora Regina Casé, o cantor Djavan, o casal de atores Lázaro Ramos e Taís Araujo, além do piloto Nelson Piquet.
Foram enviados cerca de 2.000 convites. Uma delegação estrangeira também é esperada. Foram mais de cem convites para pessoas da França, Alemanha, Estados Unidos e Inglaterra.
São conhecidos da vida acadêmica do ministro no exterior. Barbosa é doutor e mestre em Direito Público pela Universidade de Paris 2 (Panthéon-Assas).
A presidente Dilma Rousseff e o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-SP), também confirmaram presença.
Representantes do movimento negro também devem comparecer, como o reitor da Faculdade Zumbi dos Palmares, José Vicente, e o advogado Humberto Adami, do Instituto de Advocacia Racial.
Ainda antes da posse, no primeiro dia como presidente do Supremo, nesta segunda (19), o ministro Joaquim Barbosa despachou do mesmo gabinete em que vem trabalhando nos últimos anos, no Anexo 2 do STF.
Ele só deverá se instalar na sala da presidência, localizada no prédio principal do Tribunal, no final da semana, após tomar posse como presidente efetivo da Suprema Corte.
A transição no comando do STF está sendo executada aos poucos. As tratativas começaram quando Barbosa foi eleito presidente, em meados de outubro. Informações daFolha de S. Paulo e da Agência Brasil.
Uma comissão coordenou a troca entre as gestões, mas, até esta noite, apenas alguns assessores do primeiro escalão eram conhecidos, como o novo diretor-geral Fernando Camargo, então secretário de Gestão de Pessoas do Tribunal de Contas da União.
No Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que também será presidido por Barbosa, a transição é mais lenta. A expectativa é que as nomeações saiam durante a semana e, inclusive, após a posse do presidente, na quinta-feira.
Tanto no STF quanto no CNJ, ocupantes de cargos comissionados na gestão de Carlos Ayres Britto devem ser mantidos, mesmo que remanejados para outras funções.
Barbosa assumiu interinamente a presidência do STF no último sábado, quando começou a valer o decreto de aposentadoria do ministro Carlos Ayres Britto, que completou 70 anos no último domingo (18).
Na próxima quarta-feira (21), Barbosa comandará sua primeira sessão plenária como presidente, acumulando a função com a de relator da Ação Penal 470, o processo do mensalão. Além de coordenar a sessão, o ministro votará normalmente.
Nunca antes na história deste país uma posse no STF terá sido tão incensada e coberta de confetes.

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