sábado, 20 de outubro de 2012

Aécio e Campos evitam falar de possível aliança


AE – Dois dos nomes cotados para terem papéis de destaque na disputa pelo Palácio do Planalto em 2014, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o presidente nacional do PSB, o governador Eduardo Campos, participaram juntos de ato de campanha em Minas Gerais, ontem, mas evitaram qualquer referência a uma possível aliança para a corrida presidencial.
Pelo contrário, reforçaram parcerias nas eleições municipais, mas o tucano fez a ressalva da “compreensão das circunstâncias do outro”, enquanto Campos salientou que alianças locais significam uma renúncia “às posições em nível nacional”.
Aécio é o nome mais cotado do PSDB para a eleição presidencial de 2014 e já manifestou interesse em uma aliança com o socialista, que integra a base do governo da presidente Dilma Rousseff e é visto como figura essencial em uma possível coligação pela reeleição da petista. Mas PSB e PSDB também mantêm alianças locais, como a que resultou na reeleição em primeiro turno do prefeito de Belo Horizonte, o socialista Marcio Lacerda, e, em 2010, na eleição do governador de Minas, o tucano Antonio Anastasia.
Nesta sexta, os dois participaram de ato de campanha do deputado estadual Antonio Lerin (PSB), que chegou ao segundo turno na disputa pela prefeitura de Uberaba, no Triângulo Mineiro, contra o deputado federal Paulo Piau (PMDB). Segundo Campos, porém, a presença dos dois no evento tem significado “para 2012”. “A eleição nem terminou ainda. Falar dessas coisas termina criando problema, mais para Aécio do que para mim”, disse, referindo-se a 2014, em meio a risos inclusive do tucano.
De acordo com o governador, que também participou de ato de campanha em Cuibá em prol do socialista Mauro Mendes, as parcerias locais ocorrem “com muita naturalidade” porque integrantes das duas legendas estiveram juntos “em momentos bonitos da vida brasileira”, como a redemocratização. “Estivemos separados nos últimos anos nas lutas políticas brasileiras, mas, quando o interesse do País foi colocado na pauta, a gente sempre esteve junto. Isso é da maturidade democrática. Não faz a gente renunciar às nossas diferenças nem deixar as posições que temos a nível nacional”, observou Campos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário