domingo, 6 de novembro de 2011

Política Repressão na Síria deixa 9 mortos durante festividade islâmica

Cairo, 6 nov (EFE).- Pelo menos nove pessoas morreram neste domingo no centro da Síria por ataques das forças de segurança no início da Festa do Sacrifício, conhecida como Eid al-Adha, um dos eventos mais importantes do calendário muçulmano, informa em nota a ONG opositora Observatório Sírio de Direitos Humanos.
Segundo o comunicado, oito pessoas morreram na cidade de Homs - reduto da oposição ao regime de Bashar al-Assad -, enquanto a outra vítima foi atingida por tiros das forças de segurança na cidade de Hama.
Em Homs, cinco das vítimas foram atingidas por tiros de artilharia pesada por parte da Polícia no bairro de Baba Amro, enquanto duas morreram por disparos nos bairros de Bab al-Drib e Jub al-Jandali e uma apareceu enforcada em um cemitério da cidade.
Já na localidade de Telbisa, na província de Homs, quatro pessoas ficaram feridas após as forças leais ao regime atirarem para dispersar uma manifestação.
O Observatório indica que um grupo de presos políticos começaram neste domingo uma greve de fome para reivindicar sua libertação, um dia após o regime sírio anunciar a libertação de 553 pessoas detidas por participarem de protestos - indulto concedido por ocasião da Festa do Sacrifício.
No começo do 'Eid al-Adha', as forças de segurança se desdobraram em torno das mesquitas da cidade de Baniyas, indicaram os Comitês de Coordenação Local, opositores ao regime. Em Hama, as forças e milícias do regime atacaram os fiéis que saíam dos templos após as orações.
As forças de segurança feriram cinco pessoas e detiveram mais de 40 enquanto tentavam dispersar uma manifestação convocada após a oração no bairro de Kafrusa, na capital síria, Damasco.
Segundo os Comitês, outras manifestações de oposição ao presidente Bashar al-Assad se sucederam na província de Deir ez-Zor, no leste da Síria, na província de Idlib e nos arredores de Damasco, onde as forças de segurança barraram a entrada para as localidades de Zamalka e Arbin.
Desde março passado, a Síria é palco de protestos populares contra o regime de Assad, que, segundo a ONU, causaram a morte de aproximadamente 3 mil pessoas, entre elas 187 menores de idade. A checagem de informações está dificultada pelo regime, que censurou o trabalho de jornalistas estrangeiros. EFE

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