O DEM de Pernambuco reuniu os pré-candidatos a prefeito e vereador do partido, neste domingo (17), em um hotel no Pina, para preparar os correligionários para o embate nas urnas, em outubro deste ano. A finalidade, segundo o presidente estadual da sigla, Mendonça Filho, foi buscar o fortalecimento e ampliação da legenda, tendo como foco as cidades do Grande Recife. O partido planeja conquistar 15 prefeituras em 2012. Atualmente, a agremiação governa sete dos 184 municípios pernambucanos. Recife e Olinda, onde o DEM tem postulantes a prefeito, mereceu atenção especial na discussão.
O maior desafio do DEM nessas eleições, de acordo com Mendonça Filho, será ampliar as bases na Região Metropolitana, haja vista que a resistência que persiste ao partido nesses municípios, além de reaver o espaço nas cidades do Interior. A legenda foi duramente atingida com o advento do PSD, uma vez que muitos dos quadros com mandato – sendo a maioria deles de municípios interioranos – migrou para as hostes pessedistas.
“No Interior, há um ‘governismo’ muito exacerbado. Se o prefeito não apoia o governo, recebe pressão por conta das obras. Mas a resistência democrática é sempre na Região Metropolitana. Por isso, enfatizamos a maior presença nas Câmaras e nas composições de chapa nessas cidades”, argumentou Mendonça Filho. Nesta segunda (18), o partido anunciará apoio à candidatura do deputado Betinho Gomes (PSDB), no Cabo de Santo Agostinho.
Das 14 cidades da Região Metropolitana, o DEM deverá disputar a prefeitura de apenas duas delas: o Recife, com a postulação de Mendonça Filho, e em Olinda, com o empresário Armando Sérgio.
Sobre o Recife, o dirigente democrata salientou que o racha na Frente Popular facilita a condição da oposição. Contudo, Mendonça Filho afirmou que o lançamento de mais de duas candidaturas oposicionistas colocaria em risco o projeto do grupo, haja vista a pulverização dos votos em torno dos nomes. Atualmente, são pré-candidatos no campo da oposição, além do democrata, os deputados Daniel Coelho (PSDB) e Raul Henry (PMDB), além do ex-ministro Raul Jungmann (PPS).
“Essa briga na Frente Popular é bom para oposição e ruim para a cidade. Há muito tempo eles estão brigando entre si e perdendo tempo com a cidade. Se confirmando a candidatura do PSB, temos que sentar e discutir a melhor estratégia para oposição. Todos nós demonstramos disposição para conversar e chegar a um entendimento. A oposição tem espaço assegurado no segundo turno”, colocou Mendonça Filho, desacreditando que o PT e o PSB – caso venha lançar um candidato – levarão o embate para nova votação. “É uma aberração conceber que duas candidaturas do mesmo grupo levem a disputa para o segundo turno. A oposição, volto a dizer, tem espaço”, concluiu.
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