terça-feira, 11 de outubro de 2011

politica

João da Costa defende seu vice, Milton Coelho
Redação do DIARIODEPERNAMBUCO.COM.BR
11/10/2011 | 16h37 | Crise


O prefeito do Recife, João da Costa (PT), saiu em defesa do vice-prefeito, Milton Coelho (PSB), hoje, mas admitiu ter sido pego de surpresa com a formação do bloco PSB/PSD na Câmara dos Vereadores. Ele contou que não foi avisado sobre o assunto, mas tirou a responsabilidade do vice, que é presidente estadual da legenda socialista. O prefeito conversou com o Diario de Pernambuco na posse do reitor da Universidade Federal de Pernambuco, Anísio Brasileiro. Pouco antes da entrevista, o governador Eduardo Campos (PSB) também falou, rapidamente, mas não respondeu se tinha gostado ou não da transferência de domicílio eleitoral do ministro Fernando Bezerra Coelho para o Recife. Veja ou ouça a entrevista na íntegra. (Por Aline Moura, do Diario de Pernambuco).


Depois de um ano do transplante renal, como o senhor vê o cenário político e a sua gestão? Nesse horário, no ano passado, eu estava indo para UTI. É bom estar aqui agora. Está muito melhor do que há um ano. Acho que a gestão (…), fizemos uma mudança na minha volta, está produzindo resultados, todos os recursos que captamos, os projetos que a gente elaborou… Já produzimos resultados, o parque Dona Lindu, o Viaduto Capitão Temudo, viabilizamos a Via Mangue, que era um sonho antigo da cidade. Tiramos do papel hoje, já está subindo as primeiras pilastras da via mangue, consolidamos o Capibaribe Melhor… os parques já estão sendo construídos, consolidamos a política habitacional, o programa de defesa civil vai sendo ampliado, estamos desenvolvendo agora uma estruturação de programa de desenvolvimento econômico e estruturação tecnológica, estudos de cadeias produtivas… A gente vê o Recife crescendo, a iniciativa privada gerando empregos… O Recife era a capital nacional do desemprego e hoje gera muitos empregos. Um ambiente diferente do que tinha um ano atrás.

O secretário de Assuntos Jurídicos, Cláudio Ferreira, falou que a cidade tinha ficado acéfala. Isso não abre uma guerra com o PSB? O vice-prefeito, Milton Coelho, é presidente estadual do PSB e assumiu o seu lugar.
Às vezes o que uma pessoa diz não é exatamente o que ela pensou. Muito pelo contrário. Tenho um excelente relacionamento com Milton, ele exerceu um papel na minha ausência fundamental como prefeito. O que Cláudio quis falar é que, naquele período, na minha ausência, como toda ausência de prefeito, às vezes você tem um vácuo, o prefeito precisa tomar algumas decisões estratégicas e as pessoas não sabiam se eu ia voltar ou não. Então, isso cria uma transição. O termo mais exato é esse. Houve um período de transição e incerteza. Ninguém sabia se o prefeito voltava ou não.

Mas entre transição e encefalia, há uma diferença grande…
Não vamos tornar a palavra agora (não completou a frase)… Estou atuando agora como bombeiro, Cláudio não quis dizer isso. O que ele quis dizer é que, nessa trajetória, houve um período da minha ausência diferente do que está hoje. Hoje, a gente fez mudanças. Hoje, a gente está muito mais comprometido com o projeto. Naquele período, houve incerteza, não acefalia. E, se ele disse nesses termos, ele sabe que não concordo com ele. Milton foi fundamental naquele período.

Como o senhor está vendo o bloco formado na Câmara entre o PSB e o PSD? Tem vereadores do PSD que são da oposição.
(Mas) O PSB inteiro é da base do governo. Pelas informações que eu tive, eu não fui comunicado, nem conversei, mas informações que eu tive…

O senhor soube como dessas informações pelos jornais?
Eu li hoje e me informei exatamente… as informações são de que o PSB continua o apoio ao governo.

Mas não houve uma falta de comunicação do vice-prefeito, que é presidente do PSB, como o senhor?
Ele (Milton) é presidente estadual, quem organizou foi quem está cuidando do PSB municipal.

E o PSB municipal não comunicou?
Não. Essa foi a primeira reunião (deles) para constituir um bloco. Está formalmente constituído, ele estará na base de apoio do governo.

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