terça-feira, 25 de outubro de 2011

Empresa que importou material hospitalar é multada em R$ 6 milhões

Superintendência do Ibama acusa dono da companhia de crime ambiental. Transportadora responsável também recebeu multa de R$ 2 milhões

O dono da empresa responsável pela importação de material que seria lixo hospitalar, em Pernambuco, foi multado em R$ 6 milhões pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Cada unidade da companhia – nas cidades de Caruaru, Toritama e Santa Cruz do Capibaribe – recebeu uma multa de R$ 2 milhões, por importar produtos considerados perigosos à saúde humana e ao meio ambiente.
De acordo com a superintedente do Ibama em Pernambuco, Ana Paula Pontes, o ideal é que o material encontrado nos estabelecimentos multados – seis contêiners, totalizando 25 toneladas –  e que as 46 toneladas apreendidas no Porto de Suape sejam devolvidos para os Estados Unidos. O processo está sendo viabilizado por meio de uma articulação entre o Itamaraty, Ministério do Meio Ambiente, Ministério das Relações Exteriores e governo de Pernambuco, ainda segundo o Ibama.
” A prioridade é para que se possa devolver  esse lixo. Em último caso, ele deve incinerado, com os custos arcados pela empresa responsável pela importação. Mas essa é uma questão que está sendo discutida entre o governo federal, governo do estado e o governo americano”, afirmou a superintendente.
Gilberto Lima, advogado do dono das empresas multadas, considera precipitada a ação do Ibama e informou que o cliente irá recorrer da decisão. “Juridicamente falando, o Ibama precipitou-se , pois ele não é perito, e a perícia está sendo realizada pelo Instituto de Criminalistica”, afirmou.
A Aliança Navegação e Logística LTDA, empresa que realizou o transporte do material, também foi multada em R$ 2 milhões. A Hambug Süd, multinacional que é dona da companhia, informou por meio de nota que ficou surpresa ao receber a multa do Ibama, pois a responsabilidade por verificar o conteúdo declarado pelos importadores e exportadores cabe às autoridades de cada país, em especial à autoridade alfandegária.
A nota também informa que a empresa, pelo menos inicialmente, não vai recorrer da multa e continuará à disposição das autoridades para o esclarecimento do caso e para evitar futuros acontecimentos semelhantes.

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