sexta-feira, 20 de abril de 2012

Líder do PTB não se compromete com Rands e diz que vai esperar resultado das prévias do PT


As propostas da agenda do PTB podem ser direcionadas a um pré-candidato do PT?

Seria até uma pretensão imaginar que outros não pudessem de alguma maneira assumir esta agenda, mas o que nós constatamos é que evidentemente os que já tiveram a oportunidade, como o prefeito atual, de implementar políticas e, efetivamente, através de uma gestão poder operar as transformações que o Recife precisa, estes evidentemente têm menores condições, na medida em que já tiveram a oportunidade e não realizaram. Portanto, eu acho que quem mais se credencia a defender uma nova agenda para o Recife seriam evidentemente novos atores, novos candidatos, que pudessem estar de alguma maneira sintonizados com estas propostas.

O apoio a Rands influenciaria uma desistência de João da Costa?

Esta possibilidade não me parece própria, porque se o PT está envolvido em uma disputa de prévias que foram convocadas - e evidentemente não há ainda nenhuma indicação de que o partido poderá resolver isto antes das prévias -, não faz sentido nós nos anteciparmos a um movimento que, de resto, não sabemos qual será a própria decisão do PT.

Eu continuo vendo espaço para uma candidatura alternativa ao PT na medida em que identifico que estas prévias podem rachar o partido. Ou seja, é já difícil explicar as próprias prévias. Como um candidato do próprio partido vai poder amanhã dizer que a gestão não é aprovada por setores do próprio partido, e como ele vai poder demonstrar que o modelo de gestão que vem sendo implementado será mudado ou poderá sofrer uma mudança absoluta de rumo?

Portanto, a situação do PT é delicada. Nós não sabemos se o partido sairá unido das prévias, diz-se que há inclusive lideranças importantes do partido que declaram que dependendo do próprio resultado poderão até tomar outro rumo. Em meio a toda esta confusão, a Frente, que não é formada apenas pelo PT, não pode ficar na dependência destas contradições que têm marcado o processo de definição interna do partido. A Frente, que têm responsabilidades com Recife e com Pernambuco, precisa se preparar para apresentar alternativas, inclusive de nomes. Esta Frente tem compromissos com Recife e com Pernambuco.

Esta possibilidade de nós anteciparmos um movimento que pudesse se traduzir em um apoio antes das prévias, a quaisquer dos candidatos do PT, não me parece que seria absolutamente o caminho indicado. Nós temos sim que aguardar o desfecho deste processo, verificar se o PT consegue ou não unir as duas correntes e, ao final, promovermos uma avaliação que poderá nos indicar o caminho de uma candidatura própria deste grupo. É isto o que nós temos defendido.

O nome de Armando seria uma alternativa?

Nós nunca colocamos o nosso nome nesta mesa, nesta discussão dos partidos. Eu fui eleito pelos pernambucanos para representar Pernambuco no Senado. Existem nestes partidos nomes que foram colocados até como pré-candidatos. Eu lembraria, por exemplo, o deputado Paulo Rubem no PDT, candidaturas que estão pré-colocadas também no PV, nomes que haviam sido lembrados no meu próprio partido, como o deputado estadual Silvio Costa Filho, o vereador Antonio Luiz Neto, no PP o deputado Eduardo da Fonte. Então, existem nomes, alternativas.

O nosso nome não foi colocado nem foi efetivamente lembrado por estes partidos. A nossa motivação não é a de oferecer o nosso nome, a nossa motivação é de poder colaborar para que a Frente Popular encontre alternativas dentro dos partidos que formam a Frente, para que nós não fiquemos inteiramente a reboque ou na dependência deste processo do PT. Eu não postulo, não coloquei o meu nome neste processo e, como disse o meu maior interesse é o de poder contribuir para oferecer uma agenda ao Recife e, se for necessário, uma candidatura alternativa que possa defender um novo projeto para o Recife.

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