terça-feira, 24 de abril de 2012

Seca no Nordeste: problema secular, promessas mofadas

Mais uma vez, comentário da coluna Diario Político, de Marisa Gibson, publicada nestra terça-feira no Diario. Trata-se de uma análise suscinta sobre a antiga e não solucionada “questão” da seca no Nordeste.
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Governadores do Nordeste pedindo a um presidente da República medidas de emergência para enfrentar a seca é um cenário tão antigo, que custa a crer que tenha se repetido nesta segunda-feira, em Aracaju, numa reunião entre Dilma Rousseff e governantes da região.
Os pleitos foram os mais diversos, como sempre aconteceu em outros períodos de estiagem com municípios decretando estado de calamidade.
E as promessas também foram semelhantes às que já foram feitas quando o Nordeste era a própria calamidade e a seca servia de palco para os políticos se exibirem e para a “indústria da seca” que levou muito dinheiro público para o ralo.
Contra fenômenos climáticos a melhor receita é se prevenir mas esse não é o caso do Brasil, que não investe nesse tipo de prevenção – nem para grandes enchentes, nem grandes secas.
Só recentemente, o estado de Pernambuco iniciou um projeto para conter enchentes em municípios da Mata Sul, mas quase derrubou o ministro da Integração, Fernando Bezerra Coelho (PSB).
A seca no Nordeste é milenar, assim como é secular o projeto da transposição do São Francisco, que vai levar água do rio para matar a sede da população nos confins da região, mas nem por isso concluído.
Ao contrário, o projeto passou décadas engavetado e agora está atrasado. E, mais uma vez, os governadores pedem, encarecidamente, que a presidente Dilma Rousseff acelere a transposição e o programa Água para Todos.

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