sexta-feira, 20 de abril de 2012

Polícia do Conde-PB localiza casas onde esquartejadores de Garanhuns moraram

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Suspeitos de matar, esquartejar e comer carne de mulheres em Pernambuco chegaram a morar na Paraíba
Foto: Reprodução/ TV Correio

Vanessa Silva Do NE10/ Paraíba
Apesar da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social da Paraíba (SDS) afirmar que não há nenhuma relação entre o Estado e o caso de canibalismo em Garanhuns, Agreste de Pernambuco, o delegado titular do município do Conde, no interior do Estado, afirmou que já foram localizadas as duas casas onde os três suspeitos moraram no período em que estiveram na cidade.

Segundo o delegado Elias Rodrigues, as investigações foram iniciadas a partir dos noticiários. "Ainda não recebemos nenhuma solicitação oficial de apoio às investigações por parte da polícia pernambucana, mas já entramos em contato com os delegados que iniciaram o inquérito em Garanhuns e também com o Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). Temos apenas algumas informações repassadas por telefone pelos colegas, mas já conseguimos localizar as duas residências onde os suspeitos moraram aqui no Conde", contou.

Depois que a polícia pernambucana confirmou a possibilidade de os assassinos terem feito vítimas também na Paraíba, muitas histórias começaram a circular pelo Estado. Teria sido divulgado, inclusive, que no diário de uma das suspeitas ela teria citado o atual prefeito do Conde, Aluísio Régis. Segundo o delegado, o relato feito pela mulher dizia que o prefeito teria sugerido que o trio se mudasse para o munícipio. Aluísio Régis chegou a comentar o assunto, afirmando que o registro feito no diário seria do período em que estava em campanha eleitoral, quando costumava fazer audiências para atender a população em geral e que pode tê-los recebido como a qualquer outro cidadão do município.

Foto: Wenyson Albiérgio/Especial para o NE10
http://www2.uol.com.br/JC/_ne10/cotidiano/foto/crime_garanhuns_.jpg

De acordo com a SDS, todas as informações veiculadas não passam de especulação. O delegado do Conde diz que as informações são todas provenientes da imprensa, mas algumas estão sendo averiguadas. "Nós não realizamos nenhuma oitiva nem tivemos acesso às que foram realizadas em Pernambuco, então não podemos afirmar nada. Se, no decorrer das investigações, chegarmos a considerar alguma possível ligação do prefeito com os suspeitos, ele será convocado para depor e esclarecer o assunto, mas esse é um fato desconexo do principal, que são os assassinatos", explicou.

O delegado afirma que a polícia do Conde se concentrará em verificar se existem corpos de possíveis vítimas dos esquartejadores enterrados no município, sobretudo nos imóveis ocupados pelo trio. Segundo o delegado, não há nenhum registro de pessoa desaparecida na época em que os suspeitos moraram no Conde, o que não significa que eles não tenham feito vítimas em outros municípios da Paraíba. Também serão investigadas todas as relações pessoais dos suspeitos na cidade.

ENTENDA O CASO
- um crime bárbaro registrado no município de Garanhuns, Agreste de Pernambuco, chamou a atenção de todo o País, na semana passada. No último dia 11, a Polícia Civil de Pernambuco localizou os corpos de duas jovens que estavam desaparecidas. As vítimas foram esquartejadas e enterradas no quintal de uma residência na Rua dos Emboabas, no bairro da Liberdade, em Garanhuns.

Após serem detidos, os moradores da casa confessaram ter matado, esquartejado e enterrado as vítimas. Eles teriam ainda bebido o sangue das jovens e comido pedaços de seus corpos, numa espécie de ritual de purificação. Os crimes eram todos relatados, com detalhes, em uma espécie de diário mantido pelo homem que a polícia acredita ser o cabeça do trio, Jorge Negromonte, de 50 anos.

O livro, assim como todas as informações contidas nele, está com o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Pernambuco. Ainda não houve nenhuma articulação para que a polícia paraibana entrasse no caso. As investigações realizadas no município do Conde ainda não fazem parte, oficialmente, do inquérito instaurado em Pernambuco.

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