quarta-feira, 11 de abril de 2012

A oposição e os riscos da divisão no Recife – Diario Político

Estratégia da divisão
A seis meses de eleição, tal como aconteceu em 2008, a oposição está convencida de que a disputa chegará ao segundo turno, daí a possibilidade de quatro palanques oposicionistas com Daniel Coelho (PSDB), Mendonça Filho (DEM), Raul Henry (PMDB) e Raul Jungmann (PPS/PMN).
Entre as forças governistas (Frente Popular), as convicções também são semelhantes às de quatro anos atrás: João da Costa não vence a eleição. Por isso, o PT lançou mais um candidato, Maurício Rands, para disputar uma prévia no partido.
Em 2008, o rebelde governista era o vice-prefeito Luciano Siqueira (PCdoB), que sustentou uma candidatura alternativa até às vésperas da convenção, sendo demovido pelo governador Eduardo Campos (PSB).
Agora, além de setores do PT que não confiam na reeleição do prefeito, a rebeldia fica por conta do senador Armando Monteiro Neto (PTB), que há uns cinco meses procura um candidato para se contrapor a João da Costa e ainda não encontrou.
Em 2008, a oposição teve dois candidatos a prefeito – Mendonça Filho (DEM) e Raul Henry (PMDB) – se espelhando na sucessão estadual de 2006.
Naquele ano, as forças oposicionistas lideradas pelo PT e PSB lançaram dois candidatos, Humberto Costa e Eduardo Campos, para levar a eleição ao segundo turno e derrotar, como fizeram, Mendonça Filho (DEM) que era o candidato do então governador Jarbas Vasconcelos (PMDB).
Só que a estratégia da divisão da oposição no Recife em 2008 não deu certo. João da Costa ganhou no primeiro turno. Agora, os oposicionistas caminham para a eleição de outubro com mais sede do que em 2008, possivelmente com quatro candidatos, embora sabendo que a eleição não será fácil, seja com João da Costa ou Maurício Rands.
E ficará mais difícil se a candidatura alternativa defendida por Armando termine morrendo na praia como a de Luciano em 2008 e a Frente Popular se una para defender seu latifúndio na Prefeitura do Recife.

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