Oito pessoas foram presas, entre elas, três médicos; dois do Recife e outro de Caruaru
Folha de Pernambuco
Deflagrada na última terça-feira (03), em oito estados, a Operação Narke, da Polícia Federal, resultou na prisão em flagrante de oito pessoas, sendo três médicos, dois do Recife e outro de Caruaru. Elas são suspeitos de participarem de esquema de venda clandestina da toxina botulínica, mais conhecida como botox. Na tarde desta quarta-feira (04), a Polícia Federal irá divulgar um novo balanço sobre a operação. Além de Pernambuco, as prisões aconteceram ainda na Paraíba e em Minas Gerais. A operação se estendeu também aos estados de São Paulo, Sergipe, Alagoas, do Rio Grande do Norte e do Piauí. Ao todo, foram cumpridos 22 mandados judiciais, sendo quatro de prisão temporária, cinco de condução coercitiva e 13 de busca e apreensão.
Iniciadas há nove meses, as investigações indicam que o botox ilegal vinha de outros países e era vendido por médicos e outros distribuidores em diversas cidades brasileiras, principalmente capitais no Nordeste, além do Recife, Natal, João Pessoa, Teresina e Maceió. No mercado ilegal, a unidade do produto sai de R$ 350 a R$ 400, enquanto a toxina botulínica com registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) chega a custar R$ 1 mil o frasco.
As investigações apontam que o esquema ilegal funciona há pelo menos cinco anos. Os envolvidos podem responder por crime contra a saúde pública (considerado hediondo), de contrabando e formação de quadrilha, com penas máximas que variam de três a 15 anos de reclusão. A toxina botulínica impede a contração muscular. O produto é indicado para tratar problemas musculares, mas também é amplamente usada para fins estéticos, como suavizar linhas faciais de expressão.
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