Terceira semana de embate entre o PT que quer a reeleição do prefeito João da Costa e o PT que quer Maurício Rands no comando da capital e o debate segue infértil.As discussões variam entre entender o que o quer o PT de Humberto Costa e Rands e as reações do prefeito à rejeição do seu próprio partido. As inúmeras dificuldades que a cidade e a população enfrentam não entram na pauta.
Ao que parece, quem sair vencedor da prévia do dia 20 de maio enfrentará dificuldades não só de ordem político-partidária (mágoas, insatisfações serão sequelas inevitáveis). O discurso também ficará comprometido.
Se for Rands o candidato, como dizer ao eleitor que o PT errou e, mesmo assim, quer continuar a governar? Essa história de que a população quer trocar o técnico e manter o time não terá fôlego para fundamentar uma campanha.
Se for João da Costa, como pedir a confiança da população para mais um mandato se nem o próprio PT confia na sua gestão e na sua capacidade de liderar?
Propagar que quiseram lhe tirar o cargo apenas por causa dos R$ 5 bilhões do caixa do Recife é restringir perigosamente a questão ao âmbitos dos interesses financeiros.
Portanto, esperemos para que o debate evolua para além do cabo de guerra instalado no PT. E mais ainda: torçamos para que a transparência necessária à vida pública prevaleça. Ninguém suporta esse disse-me-disse improdutivo que virou a sucessão.
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